Empresários tendem a enfrentar vários desafios para manter o negócio. Contas que não fecham, insegurança ante ao cenário sócio–econômico, pouca experiência no mercado e outros fatores são preocupantes, pois podem fazer com que a empresa feche as portas. Dados levantados pelo IBGE mostram que 24% das empresas brasileiras não passam do primeiro ano de vida. Após os 3 primeiros anos, esse percentual sobre para 48%. Muitas das questões determinantes para a falência dos empreendimentos é a falta de planejamento e de capital de giro.

O Capital de Giro

Basicamente há dois tipos de investimentos necessários para o empreendimento. O primeiro deles é o investimento fixo, que pode ser usado para a aquisição de material, pagamento de fornecedores, enfim, para investir em itens que darão a estrutura para o negócio funcionar. O segundo é o capital de giro, sendo este uma parcela do capital o qual será investido no empreendimento para a aquisição e pagamento de ativos e passivos de curto prazo. Ou seja, é o dinheiro necessário para compor e renovar o estoque, pagar contas (aluguel, água, luz, folha de pagamento, impostos, etc.) e os fornecedores.  

O resultado da subtração dos passivos e os ativos é chamado de Capital de Giro Líquido (CGL), que deve ser positivo, uma vez que os ativos terão que ser maiores que os passivos. Para isso, o capital de giro deve representar, pelo menos, 40% total de ativos da empresa (esse percentual pode variar de acordo com o empreendimento). Por essa razão, manter o capital de giro favorável exige um esforço maior daquele necessário para levantar o investimento fixo.

Como calcular o Capital de Giro Líquido

Em condições normais, o CGL é influenciado pela receita das vendas, compras feitas e o custo das vendas, pelo volume do estoque e os prazos médios de estocagem, além dos pagamentos das compras. Cada um desses itens pode variar muito e só o monitoramento dará uma boa base ao negócio e evitará surpresas. Vale ressaltar que o capital de giro líquido e o fluxo de caixa possuem uma relação direta.

A fórmula é esta: CGL = AC – PC

AC: ativo circulante (contas a receber, aplicações financeiras, investimentos, etc);
PC: passivo circulante (contas a pagar, materiais, fornecedores empréstimos, etc).

Dicas

É importante manter sempre o acompanhamento e o monitoramento das finanças, sobretudo se o negócio sofre com as mudanças do cenário econômico. O fluxo de caixa detalhado é necessário para conhecer bem as despesas da empresa. Saiba exatamente quanto a sua empresa vende e demais recursos captados. Dessa forma é possível saber a quantidade e o tempo para formar o capital de giro. Por fim determine quanto tempo esse capital de giro deve durar, levando em consideração a quantidade, assim é você saberá quando ele deverá ser reposto.

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